terça-feira, 9 de julho de 2013

Milfontes terá sempre a marca do destino

Dei por mim a pensar, a proposito de umas fotos num blog que leio, se ainda mantens o ritual de ir a Milfontes em Setembro.
Eu lembro-me de me dizeres que um dia havias de me levar lá, mas que esse dia era numa vida diferente porque as mulheres do amigos sao sagradas e eu nesta vida já estava nessa posicao.
Nao sei se essa vida vai chegar mas sei que naquela altura de tantas coisa más, foste tu quem me fez sorrir. Agora, que já nao sei de ti há tantos anos, que te perdi num rasto de poeira depois daquele dia em que me disseste que precisavas de tempo para me tirar da cabeca - e que isso podia levar dias ou podia levar anos - mas que me ligavas de volta quando eu já nao fizesse parte do teu coracao, eu dou por mim a pensar naqueles fins de tarde no Memórias, a pensar onde vias tu o brilho que dizias que eu tinha nos olhos e porque raio é que eu nao perdi a cabeca contigo.
Mas a verdade é que eu sei. Eu nao perdi a cabeca contigo porque tu nao merecias. Nao merecias ser "o affair" - bem pelo contrario, merecias ser o amor a tempo inteiro, aquele por quem se move montanhas e se atravessam pontes suspensas.
Quem me dera saber se ainda vais a Milfontes em Setembro, assim só para provocar o destino e saber o que aconteceria se eu te voltasse a encontrar, sem fantasmas ás costas, sem medos de amar.
Porque para mim Milfontes vai ter sempre o teu cheiro, - mesmo nunca eu tendo lá estado - porque sempre que ouvir a "Contigo Aprendi" vou lembrar me de quando me disseste que andaste tanto tempo a cantar essa musica e so no dia em que eu apareci é que ela fez sentido, vou pensar em Ratos Fluorescentes como nos nossos emails.
Quem me dera ter ficado com aquele molesquine negro... aquele onde os nossos segredos ficavam escondidos. Será que ainda o tens? Ou terá ficado esquecido no fundo de uma gaveta?
Isso nao sei, posso apenas imaginar, deixar fluir a vontade de rever-te um dia e voltar a tomar contigo um carioca de café e o pastel de nata, enquanto o mundo desaparecia la fora.

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