sexta-feira, 21 de junho de 2013

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Pois é, o tempo passa depressa e as duas semaninhas de "férias" com a familia nao foram excepcao.
E depois ha outra coisa... cada vez mais me apercebo que ir a casa nao sao férias, é só mais do mesmo, as mesmas preocupacoes, discussoes e momentos bons tambem, mas acima de tudo, uma estafa de estar sempre entre a espada e a parede, entre o precisar desesperadamente de descanso e o nao ter hipotese porque existe sempre tanto para tratar, tanto para pensar, os remedeios do costume que tem de ser pensados e resolvidos e ainda mais quando se tem uma tipica familia tuga como a minha: cheia de problemas, medos, alegrias e tudo o que demais vem com isto de sermos muitos.
Uma coisa que reparei - e foi bem latente - foi que o Estado me esta a foder cada vez mais, porque cada vez que aumentam o preco de algo ou que porventura "me" (leia-se aqui familia sim pf?) cortam algum "auxilio" eu tenho mais uma serie de problemas em que pensar. Isto de ser o banco lá de casa está pela hora da morte e se acham que tem dificuldades em sustentar uma casa, imaginem sustentar duas, sendo que uma está num dos paises com nivel de vida mais caros da Europa e a outra tem 4 pessoas la dentro, incluindo o meu filhote que esta na idade em que faz falta tudo e mais alguma coisa.
Ok, talvez possam pensar que eu sou é mal agradecida, especialmente quem conhece a minha história e sabe tudo o que a minha familia fez por mim aquando do meu acidente e da minha gravidez. E eu digo-vos do fundo da alma que nao é ingratidao... é, sei lá eu bem, uma mágoa presa no peito, uma vontade de ter o Mini Me aqui comigo em vez de la e de ser eu a dar-lhe a educacao que eu quero que ele tenha em vez de ter de andar sempre a implorar para ele comer menos doces, lavar os dentinhos, ir para a cama mais cedo. Vontade de me aperceber que tenho 27 anos e perdi a alegria, que perdi o sentido de humor e que me estou a tornar numa pessoa fechada, que vive nas sombras da vida dos outros e a quem as pessoas so ligam quando existem problemas sérios ou quando o banco precisa abrir as portas.
Enfim... chamem-me cabra mas eu precisava desesperadamente sair de casa outra vez, ainda que a minha vontade fosse ficar la para sempre, presa a um amor que eu nao sei se existe, presa a essa familia que me dá tanto trabalho mas que é a minha afinal de tudo, sentada na janela á espera que o sol viesse e trouxesse o calor que eu nao sinto nem na alma.
De momentos bons, que também os há, trago na alma, guardo comigo e sofro calada a falta deles, guardo calada a dor de ver que o meu mundo nunca vai ser o mundo de quem comigo partilha a vida e que nem sei se ha vontade de que o seja.
Enfim...estou de volta, a luta continua e nem vale a pena massacrar-me mais (hoje).


M.

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