Tic-Tac

O tempo parece ter parado e os ponteiros do relógio dao me a sensacao de já nao fazerem tic-tac.

Claro que isto me irrita profundamente porque eu sei que nao é verdade. Também sei que isto é a minha ansiedade a bater á porta porque simplesmente na próxima semana volto a casa.

OK, digam la que eu estou a ser idiota e que eu afinal vivo num pais a duas horas de aviao do meu e que a ocasiao nao merece esta escandaleira emocional.

E eu digo: vao se foder. Assim nu e cru. Porque sou eu que sinto na pele as saudades de casa, porque eu sinto na pele as saudades do meu filho, porque eu é que vivo num pais sem sol e voces nem imaginam a falta que ele me faz, porque estou morta por afiambrar uns pratos tradicionais dos quais sinceramente eu ate nem era muito fa mas agora sou...enfim...eu quero é voltar a casa!

E verdade seja dita, entre familia, filhote, visitas e o casamento dos meus pestes e cafes com amigos, já sei que volto destas férias mais cansada do que sai de cá. Ir a Portugal nao sao bem férias, é mais retomar uma vida passada por duas semanas, como se nunca tivesse saido dai, como se o meu céu ainda fosse esse todos os dias, assim a modos que reviver o que parece que ficou esquecido mas ainda ca esta bem marcado a ferro e fogo.

Por isso pronto, o tempo nao passa, o relogio parou, o sol nao gira e lá fora a chuva nao pára de cair, e vai-me dando a sensacao que ainda estou em Dezembro e daqui a pouco será Natal em vez de me dizer que estou em fins de Maio e daqui a uma semana vou voltar a casa e ao mimo da minha Mae.