quinta-feira, 23 de maio de 2013

Primeiras Considerações

Sou uma pessoa nem mais nem menos complicada que todas as outras. Tenho os meus momentos de mau humor, mas ando normalmente pela linha do "se-nao-me-chateares-isto-nao-tem-como-correr-mal".

Nao tenho a vida definida, mas por vezes finjo ter, porque aparentemente é isso que se espera de uma Mulher (sim, com maiuscula, nao por ser feminista mas por que considero que somos extremamente valiosas e como tal, merecemos uma maiuscula) com a minha idade - uns 27 vividos numa pressa de quem nao sabe esperar.

Tenho um filho que amo e uma familia que me faz uma falta imensa, mas á qual nunca digo isto porque ás vezes ainda tenho vergonha de ser demasiado emocional (e pronto, até admito, sou. Sou mesmo e nao há nada a fazer em relacao a isso).

Levei patadas suficientes da Vida para saber que nao importa devia importar o que pensam os outros, mas mesmo assim sou realista o suficiente para saber que bem lá no fundinho, importa. E podem fingir o que quiserem: somos humanos - importa a todos, mais ou menos assumido, todos pensamos um pouco nisso de vez em quando.

Tenho uma relacao mais ou menos  - como eu queria ter escrito aqui maravilhosa - com um tipo que nem sequer tenho a certeza se me ama, mas por quem eu me apaixonei por distraçao e sinceramente agora nao sei como - ou sequer se quero - sair desta.

Sou uma conformista desconformada, tenho uma veia a pulsar que pede sempre mais de tudo - mais Vida, mais Noite, mais Esforco, mais Trabalho, mais, mais... - mas que eu nem sempre consigo acompanhar fora do meu mundo.

Sou um pouco acomodada ao facto de que o que eu quero consigo com trabalho árduo e que mesmo quando nao me apetece mexer-me existem coisas que nao posso deixar de fazer.

Vivo num pais diferente, mas nao muito distante do meu Portugal, um sitio onde o sol dificilmente brilha e quando brilha nunca ou raramente traz calor.
A Irlanda é verde, bela, melancolica e eterea.
E eu nao faco ideia como raio vim aqui parar.

O tempo é fugidio e é por isso que chamo a este blog as minhas horas. Porque continuo a tentar entender onde estao elas e como faco para parar este tic-tac que me assombra das coisas e dos momentos que eu estou a perder.

A modos que é isto. Vamos ver no que dá esta história.

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